Essa avaliação tem por objetivo identificar o desempenho das diversas funções cognitivas de uma pessoa, tais como a memória, atenção, concentração entre outras. A avaliação das funções cognitivas é frequentemente associada ao contexto de aprendizagem (crianças que apresentam dificuldades escolares como repetidas reprovações), ao contexto de trabalho (queixas de limitações laborais decorrentes falta de concentração, esquecimentos ou dificuldades de organização entre outras queixas).
A avaliação também é usada para identificar discrepâncias no desenvolvimento ao longo das fases da vida. Para criança podemos mensurar e identificar se ela apresenta desenvolvimento dentro do esperado ou se apresenta discrepâncias de alguma das funções cognitivas levando a prejuízos de habilidades específicas.
Quando adulto podemos avaliar queixas associadas a prejuízos de habilidades, ou seja a pessoa já conhece seu desempenho e percebe que a partir de determinado momento houve perda ou apresenta uma dificuldades que até então não tinha.
Junto aos idosos a avaliação se destina a identificar se os prejuízos estão dentro do esperado para idade ou se estão acima do esperado. Nestes casos a avaliação busca identificar ou descartar processos demenciais. Os casos mais comuns são: Alzheimer, lesões cerebrais diversas de pequeno extensão que geram prejuízos discretos e demências senis. No primeiro caso, estamos falando de processos progressivos e incapacitantes, no segundo estamos falando de limitações geradas por perda, “morte’ de células cerebrais/neurônios decorrentes de fatores atípicos e no terceiro caso estamos falando de de perdas que são inerentes ao processo de envelhecimento.
As avaliações para identificação de altas habilidades. Esse tipo de avaliação se destina a identificar crianças que apresentam desempenho aparentemente acima da média do seu grupo. Falo aparentemente porque só podemos dizer o quanto está acima, quando os dados encontrados são comparados com os dados do grupo de referência.
há ainda as avaliações para orientação profissional ou de carreira. Nesse caso, a avaliação é realizada para auxiliar adolescentes ou jovens a escolher uma profissão e uma carreira profissional. Para realização desse tipo de avaliação utiliza-se de instrumentos que avaliam o desempenho cognitivo como são utilizados instrumentos voltados para escolha profissional.
Sendo esses apenas alguns exemplos, pois ainda existem muitas modalidades de avaliações a serem exploradas em diversas áreas.
Toda avaliação, todo diagnóstico deve apontar uma possibilidade de solução, para isso é de fundamental importância a devolutiva com o avaliado e a família ou interessados.
Objetivos da avaliação
A partir dos resultados obtidos por uma pessoa é possível estabelecer as intervenções necessárias para lhe proporcionar os meios adequados para proporcionar melhor qualidade de vida, ampliação do desempenho onde for requerido, na escola, na vida profissional e demais âmbitos da vida.
Instrumentos de avaliação
Testes de avaliação da inteligência verbal e não verbal (amplo), memória, atenção/concentração, linguagem, raciocínio lógico, funções executivas, sintomatologia (depressão e outros) clínica, personalidade.
Principais tipos de público alvo (a quem se destina a avaliação)
Psicodiagnóstico
Indicado para pessoas que apresentam dificuldades excessivas em algum campo da vida afetiva e relacional. Suspeitas de transtornos específicos como transtornos psicóticos, transtornos de humor entre outros.
Problemas de aprendizagem
Crianças com histórico de reprovação escolar, queixas de dificuldades de aprendizagem, desatenção e comportamento destoante e/ou conflituoso em ambiente escolar e crianças com suspeita de atraso no desenvolvimento ou de de desenvolvimento atípico,
Prejuízos cognitivos ao longo do desenvolvimento, ao longo da vida
Nos casos de adultos que percebem que estão tendo dificuldades com habilidades específicas. Pode ser o caso de pessoas que identificam que esquecem das atividades de vida diária com mais frequência que o habitual, ou apresentam mais dificuldades que o habitual para realizar as atividades laborais seja por esquecimento ou seja pela dificuldade de se organizar
A avaliação também é indicada para idosos que apresentam dificuldades para lembrar as atividades diárias, suspeita de demência.
Lesões cerebrais
Nos casos de lesões cerebrais por evento externo, acidente de carro, disparo de arma de fogo, pancada na cabeça entre outros, também é indicada para edificar sequelas de acidentes vasculares.
Crianças com indicativos de Alta habilidades
Crianças que apresentam facilidades acima do esperado no ambiente acadêmico, ou seja crianças que apresentam indicativos de alta habilidades. A avaliação ajuda a identificar em quais áreas cognitivas a criança apresenta desempenho acima da média e ajuda ainda a planejar atividades para identificar as habilidades específicas em que a criança tem facilidades.
Adolescente e Jovens (Orientação de carreira ou orientação profissional)
Adolescentes que estão no ensino médio que apresentam dúvidas ou dificuldades para escolha profissional. É também indicada para jovens que já terminaram o ensino médio mas que estão indecisos sobre a escolha profissional. Também é indicada a pessoas em qualquer idade, que porventura, queiram tirar dúvidas sobre a escolha profissional, jovens e adultos que queiram mudar de profissão, mas estão com dúvidas.
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Os diagnósticos multidisciplinares
De modo geral todo diagnóstico é multidisciplinar, são poucos os casos em que fechar um diagnóstico não envolve mais de um campo do conhecimento das ciências da saúde. Em casos mais específicos a avaliação multidisciplinar torna-se fundamental.
TDAH, A sintomatologia que define o tem como elemento essencial a inquietação e a presença de comportamento desadaptado nas diversas atividades acadêmicas e de vida diária. Como é possível fechar um diagnóstico sem ouvir professores, pais, fonoaudiólogos? A inquietação e o comportamento desadaptado pode vir por diversas razões inclusive pela falta de controle de impulso que caracteriza o diagnóstico de TDAH.
Vale enfatizar que toda avaliação resulta numa categorização, no entanto é de fundamental importância destacar as potencialidades e sinalizar os caminhos. Um diagnóstico muito raramente é algo estanque, somos seres de potencialidades logo uma categorização deve ser entendida como algo transitório.
A categorização resulta de mecanismos cerebrais e sociais, mas, o ponto comum entre essas duas dimensões é o objetivo de simplificar nossos processos e demandar menos energia na realização das diversas atividades diárias.
Uma observação merece ser feita. Nesse processo de simplificação, tendemos a ver a parte pelo todo e cometemos o erro de trocar o ser/pessoa pelo sintoma deixando de enxergar sua potencialidade. Fato mais grave, ocorre quando utilizamos da parte para qualificar o ser/pessoa e passamos a vê-lo pelo caráter do seu sintoma.
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