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17 de fevereiro de 2023

Com o avanço da Inteligência artificial, com destaque para o ChatGPT ( Chat de #inteligênciaartificial ), novamente estamos envoltos em debates acerca dos avanços tecnológicos e o quanto esses avanços nos ajudarão ou serão fatores de prejuízos.

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25 de janeiro de 2023

A PL 3081/2022 propõe desregulamentar diversas profissões, sob a alegação de que a regulamentação não resulta em qualidade dos serviços prestados pelos profissionais das áreas nela incluídas, mas como instituição que busca continuamente a excelência nos serviços prestados, acreditamos que tal medida não seria um solução assertiva a médio e longo prazo, bem como representaria um grande risco para a população brasileira, confira a seguir mais detalhes sobre o assunto no artigo escrito por nosso diretor clínico.

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9 de junho de 2018

A Avaliação Psicológica, segundo o professor Claudio S. Hutz, em editorial publicado em 2002, é uma relevante contribuição da psicologia para indivíduos, instituições e a sociedade, pautada na capacidade de prover recursos que proporcionem melhorias significativas nos diversos setores da sociedade e no cotidiano das pessoas. Para tanto, desde a metade da década de 90, a prática da Avaliação Psicológica é motivo de intensas discussões e mudanças para ajustar-se às necessidades da população.

A criação do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), em 2003, é um marco de grande relevância, por normatizar o uso dos testes, bem como definir normas para criação de novos. Do movimento iniciado na década de 90, sucederam consequências como o aumento do número de publicações sobre o tema, discussão acerca do conteúdo curricular dos cursos de psicologia e a inclusão de novas temáticas a serem avaliadas.

A Avaliação Psicológica consiste em processo que envolve as dimensões biopsicossocial do homem, nas diversas etapas da vida. Para tanto, faz uso de testes psicológicos, história de vida, realidade em que a pessoa está inserida, características da personalidade, funcionamento cognitivo e avaliação clínica.
Ela abrange diversas áreas da vida humana e, de acordo com a área ou finalidade a que se destina, segue critérios e procedimentos distintos. Se o objetivo é avaliar uma criança com queixa de dificuldade escolar (avaliação neuropsicológica) o foco está nas funções cognitivas e como as alterações modificam o comportamento da criança, a capacidade de reter informações e aplicá-las em soluções de problemas, organizar as ideias e transmiti-las, por meios orais e da escrita.

Porém, não descarta fatores sociais, da personalidade e de autopercepção, pois mesmo que eles não alterem o funcionamento cognitivo podem interferir na autoimagem e no nível de tensão com que a criança e o adolescente lidam com as demandas, alterando, portanto, a eficiência escolar.

Nestas circunstâncias, além de responder quais são as potencialidades da criança, a avaliação deve orientar quais são as intervenções necessárias para ajudá-la a superar as limitações, as possibilidades de estimulação cognitivas e outras intervenções que possibilitem que ela melhore o desempenho acadêmico. Nesse caso, a Avaliação deve indicar os caminhos a serem seguidos pela família e escola. É de fundamental importância destacar que em queixas de problemas de aprendizagem a avaliação não pode ser feita unilateralmente. Por ser de ampla complexidade, envolve vários seguimentos do conhecimento (Psicologia, Medicina, Fonoaudiologia e Pedagogia), logo o olhar deve ser multi e interdisciplinar e a solução depende do empenho conjunto dos profissionais aliado a família.

Pode ter como objetivo responder a questionamentos feitos por terceiros. Se for em contexto jurídico, a avaliação será pericial, sem a obrigatoriedade de sugerir procedimentos, orientar a família ou propor outro procedimento subsequente. Nessas situações, o papel do psicólogo é responder ao questionamento e fundamentar a resposta com conceitos sólidos associados aos resultados obtidos por meio dos testes utilizados para investigar a queixa. As aplicações são as mais variadas, desde avaliação cognitiva para identificar processos demenciais, que limitam a pessoa para responder por si e por seus bens, até responder se uma pessoa tem sanidade mental para imputação de culpa, passando por investigação de abusos sexuais e de violência física, entre outras.

A seleção de pessoal para órgãos e empresas públicos ou empresas privadas, forças policiais e militares constitui outro contexto de uso da Avaliação Psicológica que se destina a identificar características pessoais de acordo com o perfil estabelecido para o cargo em seleção. A avaliação para o porte de armas, a aquisição da Carteira Nacional de Habilitação e a seleção de pilotos de aeronaves são outros campos de atuação.

Em casos de seleção, o trabalho do psicólogo é identificar as pessoas que apresentam perfis compatíveis com o do cargo. Nas demais situações, mapear as exceções que não estão aptas para o exercício das atividades.

Recentemente, o relatório psicológico tornou-se peça obrigatória do processo que avalia a viabilidade de realização de cirurgia bariátrica em pessoas que buscam resolver problemas de excesso de peso. Por se tratar de procedimento que gera grandes mudanças no hábito de vida, a avaliação visa identificar inúmeras formas de tensões internas e externas enfrentadas pelo candidato, possíveis compulsões e processos ansiosos ou depressivos que interferem no pós-cirúrgico. Aqui, cabe ao psicólogo investigar as fragilidades do candidato à cirurgia e sugerir procedimentos que o torne mais capacitado a lidar com as mudanças.

Os tipos de testes e técnicas a serem utilizados dependem da necessidade, porém as principais categorias estão classificadas na avaliação da personalidade, das habilidades sociais, da inteligência, habilidades matemáticas, habilidades de leitura e de escrita e maturidade cognitiva.

Ressalta-se que a Avaliação Psicológica sinaliza para condições em um dado momento da vida de uma pessoa e que, mesmo quando o foco da avaliação é a personalidade ou psicodiagnóstico, que tem caráter mais estrutural ou duradouro, ela não estabelece resultado imutável ou permanente. Dado o fato de que estamos em constante mudança e frequente adaptação às circunstâncias do meio e às necessidades afetivas, psíquicas e orgânicas, nada é encontrado, em uma avaliação, que possa ter o carácter de permanente, que não possa ser potencializado ou que não haja intervenções psicológicas e de outras áreas afins, que não possam alterar o prognóstico.

Cabe enfatizar, ainda, que a Avaliação Psicológica tem ao menos três fundamentos básicos, que a orientam e devem ser do domínio do profissional. Primeiro, a Avaliação Psicológica deve estar em sintonia com cada contexto e usar recursos adequados a cada necessidade. Aqui, o referencial que diz que instrumentos devem ser utilizados é a necessidade do avaliando; segundo, ela está presente em todas as atividades inerentes à prática do psicólogo (psicoterapêutica, hospitalar, escolar, jurídica, assim por diante); terceiro, que tem no conhecimento clínico associado ao conhecimento amplo acerca do teste/instrumento/técnica e sua teoria de base sua sustentação (clínico aqui se refere ao funcionamento psíquico, sua organização e as manifestações expressas na interação com as pessoas, com o meio, com o mundo e que dele decorrem) e a garantia do bom uso desta ferramenta de grande utilidade para os diversos segmentos sociais.

Atenta às mudanças no âmbito social, nos mais variados contextos da vida humana, a Psicologia se põe como um farol a apontar o caminho em meio às incertezas que surgem das mudanças. Ao buscar, a cada dia, se aprimorar e oferecer diversas formas de intervenções, pauta-se na valorização da pessoa, sua subjetividade e necessidades psíquicas. Baseada nesses valores, a Psicologia tem na Avaliação Psicológica uma ferramenta de relevância para identificar limitações e planejar intervenções capazes de proporcionar o aprimoramento das habilidades humanas, cognitivas, afetivas, relacionais, proporcionando-lhe oportunidades de desenvolvimento pessoal.

Referências
NORONHA, Ana Paula Porto. Os problemas mais graves e mais frequentes no uso dos testes psicológicos. Psicologia: reflexão e crítica, v. 15, n. 1, p. 135-142, 2002.
NORONHA, Ana Paula Porto; REPPOLD, Caroline Tozzi. Considerações sobre a avaliação psicológica no Brasil. Psicologia Ciência e Profissão, v. 30, n. Esp., 2010.
NUNES, C. et al. Importância da especificação dos contextos de aplicação e propósitos nos manuais de testes psicológicos. Ano da avaliação psicológica–textos geradores, p. 59-63, 2011.

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